O Major-General Pezarat Correia no seu livro centuriões ou pretorianos, em síntese referia que se umas Forças Armadas existissem para a defesa do território nacional dentro das suas fronteiras estas seriam obrigatoriamente constituídas por cidadãos nacionais em armas, ou seja como podemos constatar na Ucrânia, há uma obrigatoriedade, entre todos os homens até aos 50 anos de pegarem em armas para defender o território nacional, mas se as Forças Armadas fossem expedicionárias, ou seja para atuar fora do território nacional para defender os interesses nacionais, as tropas poderiam ser formadas por soldados profissionais, ao que eu acrescento podem nelas também haver cidadãos de outras nacionalidades.
Em Portugal, atualmente não é provável que exista uma ameaça à sua integridade territorial por nenhum país na sua vizinhança dado que a Espanha pertence às mesmas alianças que Portugal, ou seja, ambos pertencem à NATO e à União Europeia, o que significa que as nossas Forças Armadas atuam normalmente fora do seu território, são Forças Expedicionárias que atuam quer no âmbito da ONU, quer da NATO, quer da UE, podendo por essa razão serem forças profissionais, que podem integrar militares doutras nacionalidades, a exemplo doutros países como é o caso da nossa vizinha Espanha.
Concluo que em minha opinião as nossa Forças Armadas, no atual contexto internacional, podem e devem poder alistar e incorporar cidadãos estrangeiros, pelo que sou a favor de que se faça uma revisão constitucional nesse sentido.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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