A seleção espanhola feminina de futebol ganhou o campeonato do mundo da modalidade, e no ambiente de euforia que se viveu no estádio durante a entrega do troféu e das medalhas o Presidente da Federação beijou uma atleta nos lábios.
Imediatamente se levantou um sururu feminista, com ministras do governo de Espanha a cavalgar o momento manifestando a sua indignação, fazendo um ruído mediático completamente despropositado, chegando ao ponto de afirmar ter havido uma agressão sexual.
Até poderia de certa forma concordar com o propósito dessas manifestações caso a atleta osculada se tivesse queixado, no entanto esta parcialmente, ou talvez não desvalorizou o assunto afirmando que entre ela e o Presidente existe uma relação de carinho, pelo que não achou que o incidente tivesse algum cariz de agressão sexual.
O esvaziar do balão mediático deveria colocar uma pedra sobre o assunto, que no entanto continua a gerar manchetes a nível global, pois o mundo parece estar numa deriva fundamentelista em relação aos relacionamentos entre pessoas heterosexuais normais, numa espécie de retorno à Idade Média, no entanto se esta manifestação de carinho tivesse acontecido entre duas mulheres, toda a gente aplaudiria a coragem pela demonstração pública de orgulho “gay”.
Enfim, sinais dos tempos
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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