Tudo leva a crer que um novo governo Frankenstein, nome dado pelos espanhóis à sua geringonça à esquerda, liderada pelo PSOE de Pedro Sánchez, consiga uma maioria para formar governo, malgrado não tenham ganho as eleições.
O partido “Juntos pela Catalunha” liderado por Carles Puigdemont, um partido independentista que elegeu sete deputados, parece que vai garantir a maioria necessária ao PSOE para formar governo, a troco de algumas concessões e promessas, como a do indulto do seu presidente Carles Puigdemont, atualmente exilado em Bruxelas, embora a verdadeira razão desse apoio parece basear-se na perceção, apoiadas em sondagens, de que sofreriam uma derrota eleitoral em próximas eleições, caso o não fizessem, ou seja, não conseguiriam reeleger o mesmo número de deputados à Câmara Baixa das Cortes.
Os próximos anos em Espanha serão, em minha opinião, de grande instabilidade, pois o governo nacional ficará condicionado por partidos independentista, Bascos e Catalães, o que não deixa também de ser um paradoxo.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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