Geral Opinião

A guerra na Ucrânia não está a correr bem para o Ocidente

Foto: JN

Putin e as suas forças armadas aprenderam com os erros que fizeram no primeiro ano de guerra, e estão a resistir, defendendo a sul e a atacar a norte.

Atualmente, a Rússia tem cerca de 750 000 homens de operações e a Ucrânia cerca de 350 000 o que é um diferencial numérico muito grande para quem quer atacar, pois normalmente quem ataca tem de ter um potencial de combate pelo menos três vezes superior ao de quem defende, ou seja, o inverso ainda não chegava.

A Ucrânia tem tido o apoio de Ocidente a conta-gotas para não escalar a guerra, o que impede a Ucrânia de ter as capacidades
militares necessárias para desequilibrar o dispositivo russo, mesmo que localmente, numa área limitada para que a contra-ofensiva a sul tenha êxito.

Os russos pouco vão destruindo o país até nada restar de pé, com artilharia, com mísseis e com drones.

A Polónia e seu governo de ultra-direita estão mortinhos para arranjar pretexto para entrar na guerra, vontade que o Ocidente tem de controlar a todo o custo.

A inflação na zona euro não parece ter fim à vista por culpa da pandemia e da guerra, o que faz com que a Rússia vá ganhando apoios no sul global, sendo importante de assinalar que na próxima Cimeira dos Brics haja cerca de vinte países que nela queiram entrar.

Enfim…

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma