Somos um país que apostou na educação como forma de se desenvolver, mas a economia e as empresas, ao terem crescido menos, não tem capacidade para absorver os novos licenciados, que se vêm na contingência de emigrar, contribuindo para o desenvolvimento dos outros estados.
A estratégia para o desenvolvimento de sustentado em Portugal parecia correta, mas não está infelizmente a funcionar, pois necessitava que tivesse já sido uma estratégia de desenvolvimento pensada de uma forma integradas, holística e não só num determinado sector, ou seja resultou na prática num rotundo falhanço, que outros estados aproveitam e agradecem pois recebem licenciados a custo-zero em termos de investimento.
Precisamos de fazer algo a sério com os fundos de coesão e o PRR da UE, pois se o não fizermos nunca sairemos da cepa-torta, dum país sem futuro, pois os dados do INE que hoje saíram indicam que este êxodo de licenciados cresceu cerca de três pontos percentuais em relação ao ano transacto, ou seja os números oficiais confirmam, infelizmente, tudo o que referi, pois como dizia o anúncio, “O algodão não engana”.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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