Sempre que as notícias voltam a referir-se ao eterno conflito Israelo-Palestiniano, recorda-me duma manhã que passei no Ministério da Defesa Israelita, sensivelmente um mês depois da morte de Rabin, que foi assassinado por um judeu radical, após, e por ter estabelecido e assinado um acordo de paz com Arafat.
Nessa manhã, perante uma carta de Israel, um oficial meu interlocutor dizia-me que Israel nunca poderia entregar a Cisjordânia a um eventual estado palestiniano, porque era a única zona fértil e servida de água com abundância pelo Rio Jordão de Israel, para além de que se o fizesse não era possível defender a região e a cidade de Telavive, que só dita 14 Km da Cisjordânia, alcance útil dum mero morteiro pesado, que com esta resposta aproveitou para explicar que os colunatos existem para servir como uma linha de defesa contra os palestinianos, ou seja, para dar profundidade à defesa.
No decorrer dessa apresentação, o meu interlocutor ainda afirmou que nunca cederiam o território sírio que ocuparam nos montes Golã à Síria porque era nesse e que estava localizada a nascente do Jordão que abastecia o lago Tiberiades a grande reserva de água abastecedora do país.
Com esta breve explicação percebi que a paz era impossível, e que os ataques como o que realizaram esta semana a Jenine, na Cisjordânia, nunca irão parar, até porque os palestinianos xiitas são armados e instigados pelo Irão radical na sua luta religiosa e geopolítica na região.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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