O fornecimento a Kiev de bombas de fragmentação por parte dos USA é uma decisão controversa, dado que a maioria dos aliados da NATO proíbe o uso dessas armas, visto terem assinado um tratado internacional nesse sentido, tratado assinado e ratificado por mais de 100 países.
As munições de fragmentação, vulgo “Cluster Bombs”, são munições antes de atingirem o solo a munição, ao armar por inércia, liberta minas antipessoal, que poderão permanecer no terreno indefinidamente, provocando passados alguns anos, após o final da guerra provocar mortos e feridos graves nos habitantes e nos agricultores, que venham a trabalhar o terreno, ou seja, dificilmente esses terrenos voltam a ser aráveis.
Os USA afirmam que os russos já estão a usar essas munições pelo que a guerra não irá escalar para outro patamar pelo seu uso.
Para além do que referi, destacar as trincheiras russas e conquistar o terreno, algo que só a infantaria pode fazer, este tipo de munições pode ser muito letal para as próprias forças ucranianas que estão a tentar reconquistar o seu território, expondo dele as Forças Russas.
O uso das “Cluster bombs” por parte dos dois contendores senão é um crime de guerra pelas consequências que poderão provocar no futuro é pelo menos anti-ético, algo a que as grandes potências na sua praxis não querem autolimitar-se, pois para elas os fins justificam os meios.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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