Como dizia, com uma certa piada um amigo de um dos meus filhos de nacionalidade turca, um jovem arquiteto da classe média-alta de Istambul, Erdogan, não convocava eleições senão soubesse à partida que as ia ganhar, afirmando mesmo que ninguém que conhecesse a Turquia esperava alguma alteração do regime, num país em que o autocrata autoritário, Erdogan, governa autocraticamente o país, desde o início deste século, controlando a imprensa, os tribunais, enfim, tudo o que é por definição a negação do que caracteriza dum Estado de Direito Democrático e Liberal.
Um autocrata autoritário é por definição, um homem que governa sozinho, embora permita “ lato sensus” que haja partidos políticos, mas que controla a liberdade da imprensa, o poder judicial, bem como se apodera do aparelho do estado a seu proveito pessoal e do seu partido, ao invés de trabalhar para o Estado.
Erdogan pelo que afirmei tem a segunda volta das eleições presidenciais ganha à partida, e legitima-se aos olhos da opinião pública internacional, pois a sua encenação de eleições livres e justas, aparentemente teve sucesso, pois não houve ninguém que se atreveu a dizer desde o início, que o rei vai nu.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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