Não sei, realmente não sei, se perante uma contra-ofensiva ucraniana com sucesso, se os russos não lançarão mesmo uma ou mais bombas nucleares táticas, bombas que podem ser lançadas por armas de artilharia de campanha, que em vez de dispararem uma munição normal, poderá disparar uma munição com um explosivo nuclear.
O problema da escalada é este, passar para o patamar nuclear tático, ou seja, limitado ao Teatro de Operações, muito embora a tropa russa presente no terreno não tenha proteção adequada para as poder proteger das radiações, no entanto, temos observado nesta guerra que nenhum dos contendores está preocupado com as perdas e baixas desde que cumpram o objetivo estratégico definido pela política.
A eventual resposta teria de se cingir ao patamar tático, já que um conflito nuclear generalizado acabaria com a humanidade, mal comparado um consumidor de haxixe não terá obrigatoriamente de consumir heroína, poderá continuar a consumir haxixe.
Até agora a dissuasão tem funcionado, mas todos sabemos que as armas nucleares não foram desinventadas, e que quer a NATO quer a Rússia, continuam na sua doutrina a ter em consideração o uso da arma nuclear tática para parar uma itensiva, que possa fazer perigar os objetivos estratégicos traçados pelos políticos.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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