Geral Opinião

A insubordinação no Navio Mondego

Foto: Diário de Notícias

Na sequência da recusa em embarcar para uma operação militar de acompanhamento de um submarino russo, que transitava a trinta quilómetros da costa portuguesa, alegadamente por falta de condições de navegabilidade, Gouveia e Melo fez, com coragem, o que qualquer chefe militar deveria fazer, embora tenha dúvidas que outros o fizessem dada a pressão dos órgãos de comunicação social, que começaram com a narrativa de querer justificar o comportamento dos sublevados, alguns chegando a comparar o facto com a legítima defesa.

Gouveia e Melo, para além de mandar investigar as condições do navio, mandou abrir processos disciplinares e pediu à Polícia Judiciária Militar que investigasse este grave crime militar, para que seja julgado nas instâncias competentes. O Almirante assumindo o seu dever, tendo em minha opinião, mesmo ultrapassando-o, pois teve a coragem de ir à Madeira e cara a cara com os sublevados dizer-lhes que a sua atitude tinha sido intolerável e que a Marinha e o país tinham ficado lesados na sua credibilidade.

Gouveia e Melo, protagonizou uma inteligente campanha informacional em várias ocasiões com sucesso e coragem digna de um chefe que não se escondeu no seu gabinete.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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