Lisboa estava um caos na quarta-feira à noite, parecia que ia cair novamente o Carmo e a Trindade, mas desta vez não devido a um tremor-de-terra, mas a uma chuva que caiu com mais intensidade, a que se juntou uma maré-cheia no rio Tejo, algo recorrente mas que os sucessivos executivos camarários não têm querido resolver ao longo dos anos, porque são portugueses e por essa razão, confiam muito mais no milagre e muito pouco na ciência.
Há anos que as grandes cidades dos países evoluídos já pensaram e já resolveram problemas semelhantes, de que é exemplo a cidade de Londres, que inclusive já construiu um sistema de diques a pensar nas alterações climáticas e na consequente subida das águas do mar que quando acontecer alagará quase toda a cidade de Lisboa, embora nós não estejamos preocupados com nada, porque somos avessos ao planeamento, e preferimos confiar no milagre, malgrado hajam Fundos Estruturais e PRR’s vindos da UE, que servem para esse efeito, mas que nós desperdiçamos, sempre ou quase sempre, em obras de fachada.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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