Quando estive no Iraque em missão, sempre que aparecia uniformizado e com a bandeira nacional cosida na manga do uniforme e na alma, ouvia gritar Ronaldo, Ronaldo, por parte da população, Xiitas e Sunitas e pelas Forças Armadas com quem trabalhava.
Ronaldo foi talvez o melhor colete anti balas que indiretamente enverguei e que indiretamente me protegeu, pois eu não pertencia à coligação invasora, pertencia ao país do mito do futebol, o Ronaldo.
É com toda a justiça que reconheço que a simpatia dos Iraquianos por nós, muito se devia à fama da nossa veseta planetária.
Hoje com Ronaldo no banco ganhámos e ganhámos bem, no entanto, o público só queria ver Ronaldo e por ele gritava.
Vai levar uns anos a aparecer outra vedeta planetária que substitua Ronaldo, vamos ver se Ronaldo sabe sair com dignidade, para não ter mais palmas à entrada no jogo que à saída.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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