Desde os primórdios da aviação militar que os geopolíticos falam do poder aéreo como o factor decisivo, quiçá mesmo o poder que suplanta quer o poder terrestre, quer o naval, existindo mesmo vários curiosos que a este propósito referem que as guerras atuais e futuras dispensarão o próprio homem pois tudo será uma guerra de mísseis, drones e quiçá de armas que utilizarão energia laser disparadas a partir de satélites.
O novo comandante russo do Teatro de Operações da Ucrânia, um general da Força Aérea, desde que tomou posse, tem utilizado toda a panóplia de drones, mísseis lançados de plataformas aéreas, navais e terrestres, sobre todo o território ucraniano, quer sejam sobre alvos militares, civis ou de duplo-uso, para vergar a nação em armas, que neste momento é constituído pela maioria do povo ucraniano, que se uniu contra o invasor.
Apesar de toda a panóplia de armamento utilizado, a moral dos ucranianos parece continuar elevada e no campo de batalha parece estarem a ter algum sucesso, ou seja, é impossível ganhar-se uma guerra, qualquer que ela seja, sem ocupar o terreno, e isso só se pode fazer com as forças terrestres e sem o combate corpo-a-corpo.
Em conclusão, as guerras só se ganham com a combinação de todos os poderes, naval, aéreo, terrestre, espacial e ciber.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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