Geral Opinião

As consequências da saída do Reino Unido da UE

Os britânicos estão a provar o fel da saída da União Europeia, conseguiram a proeza de nos últimos cinco anos terem tido cinco governos, um feito só alcançável no PREC, em Portugal ou na Itália.

O governo de Liz Truss foi demitido ao fim de 45 dias, pela pressão dos mercados, o novo Suserano do Mundo que só numa união política e económica se consegue vencer ou mitigar, pois a Índia, a China e os USA são grandes espaços em termos territoriais, têm população, indústria forte, um grande mercado interno e preços competitivos para venderem os seus produtos externamente, ou seja, nenhum país europeu sozinho tem capacidades de com eles competir.

A relação especial que Boris Jonhson esperava de Trump e dos EUA nunca se materializou, e os grandes países da Commonwealth, atualmente são seus competidores económicos, que quando o Reino Unido saiu da União Europeia nele perderam o interesse, dado que este deixou de servir para através das terras de sua majestade, poderem aceder ao mercado europeu sem pagarem taxas, para nele entrarem.

Os mercados tiveram e estão a ter, a força de vergar as veleidades de soberania, como entendida e definida por Baudin, e se o Reino Unido não cumprir os tratados que assinou com a UE, aquando da sua saída, muito em especial o acordo sobre as fronteiras com a Irlanda sofrerá sanções económicas em conformidade.

A Escócia pretende, após o desastre das últimas governações, sair do Reino Unido, e exigem um novo Referendo, dado que à data do último, que foi favorável à continuação da integração, este era um Estado-membro da UE. ou seja estava numa situação muito distinta da atual.

Termino desejando boa sorte ao novo Primeiro-ministro do Reino Unido no dia que toma posse, que como o seu homologo português  tem ligações familiares fortes  com a Índia, que lhe poderão ser, eventualmente, muito úteis.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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