A maioria das guerras, ganharam-se ou perderam-se pelo aparecimento de novas armas, novas tecnologias, que modificaram as táticas de quem as produziu ou as detém.
As tecnologias existentes no TO da Ucrânia, ao início não eram muito díspares pois a maioria do Armamento Ucraniano, era ainda do tempo da ex-URSS.
O diferencial tecnológico, com todo o apoio ocidental, fez com que atualmente a tecnologia que as Forças Armadas Ucranianas dispõem seja muito superior ao das Forças Armadas Russas, podendo por este facto poder virar o curso da guerra a favor desta última.
Os dois exércitos de segunda vaga iniciais, ou seja, de tecnologia dos anos 89 e 90, atualmente e a título de exemplo equivale a um exército com tecnologia 5G contra um exército ainda muito digital.
Esta grande diferença em termos de capacidades militares, associada a novas táticas de emprego das mesmas, estão pois na base do sucesso da Contra-ofensiva Ucraniana.
A capacidade, por exemplo de guiarem munições para determinados alvos, através de GPS, é de tal forma eficaz que se chega a acertar no mesmo com uma diferença de 2cm, ou seja o tiro indireto passou a ser um tiro preciso, ao invés de ser um tiro à zona, como era na maioria das guerras entre oponentes de segunda vaga, o que faz com que sejam precisas menos peças de artilharia em apoio às unidades combatentes.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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