Opinião

“HELDER REGRESSA! ESTÁS PERDOADO”

Os cemitérios estão cheios de pessoas insubstituíveis disse George Clemenceau

Não há insubstituíveis…mas há bons e maus!

 

Ontem esta frase, ouvida numa conversa vulgar e descontraída entre dois Helders no lugar eleito do Surf em Portugal – Ribeira d’Ilhas, poderá ter várias interpretações ou conclusões.

É de pouca importância num dos interlocutores, será o caso do Helder Martins, cuja idade vai pesando, mas mais ainda o peso da ingratidão, da conquista diária de inimigos, e de sistemáticos impropérios e desajustados comentários face a uma luta de muitos anos de dar o seu melhor na divulgação da Ericeira e tudo à roda… e nada recebendo em troca, pensando já e bem determinado, na hora de passar o testemunho do jornal e na Associação criada. E a diferença está em que hoje, poder-se-ia fazer um jornal diário, dada a evolução de tantos eventos culturais, recreativos e desportivos. Haja quem queira e tenha vontade.

Podia e é, por outro lado, ser de grande importância no Helder Sousa Silva, o outro Helder na conversa, face ao trabalho realizado no desenvolvimento da Ericeira, comparando com o histórico poder camarário que nunca viu a Ericeira como prioritária no desenvolvimento do Concelho. E não é nada difícil apontar hoje, as diferenças da Vila, do antes e depois de Helder Silva.

Quer se goste ou não, e colocando de lado a “partidarite”, Helder Silva tem feito um trabalho digno, de mérito e bem difícil de igualar ou superar no que é hoje a que podia bem ser tudo, e até, sede do concelho – A Vila da Ericeira.

A frase (que serve de titulo) e ouvida, pressupõe várias hipóteses – Por exemplo – que Helder Silva não se vá recandidatar e quem sabe, possa partir para outros voos. Quiçá para a Europa pelo PSD (?) o que daria abertura a uma nova candidatura próxima de Rui Rio na CMM…

Ou por e simplesmente, para parar e usufruir de outros projectos na sua área – A vida não é só política.

Ou, e até, com a “confusão “ instalada no PSD,  outros projectos careçam da sua experiência para surgirem bem estruturados e capazes. Há sempre um lugar previsto de destaque.

O “desejável regresso com perdão” considerando que venha quem melhor faça (o que não é fácil) – poderá ser sentido e estará presente objectivamente na ideia de abandono natural do primeiro.

Já no segundo, poderá estar de saída, mas, também de partida garantidamente para outros projectos, pois a sua idade e ambição permitem outros e grandes passos na sua carreira.

Não há ninguém insubstituível. Como diria o Sr de La Palice .

Todavia, será sempre conveniente que haja uma mudança, e sempre numa tentativa para melhor, não descurando, nem destruindo o que foi feito. Nem colocar totalmente de parte os que fizeram algo, pois haverá sempre qualquer semente que poderá muito bem dar flor.

Por isso o “Volta… estás perdoado” colocar-se-á sempre, como alternativa a um mau trabalho, que nunca será desejado face a tanto que já se avançou.

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis” (Fernando Pessoa)

 

Uma crónica de Helder Martins