Como reflexo do programa da TVI o povão falou, e ainda fala, comentando o que viu e sente – desejo humanitário de ajudar, e por inveja- o desejo que fechem, por indiferença- mais um a querer ser patrão…e por fim o mais justo: –
Quem manda deveria entender que os problemas são exclusivamente – falta de formação.
Aqui é que as vozes deveriam falar mais alto.
É que existem no terreno muitos iguais ou muito piores – quer restaurantes, hosteis e negócios virados ao turismo -onde só por sorte ainda mexem. E por falta de humildade e vergonha não se expõem.
Neste caso, RIBAMARISCO quem está na frente, ficou sujeito a uma pressão grande para a qual, nem queria estar só, nem tem formação- gerir um barco relativamente grande.
E tudo por vontade de não fugir às responsabilidades que herdou de uma sociedade que teria tudo para singrar. Aguentou até quase sucumbir do coração por querer e não poder.
Eram três elementos que “tinham” clientela e muitos anos de trabalho (mas a serem mandados). Era a oportunidade boa para todos. Uma aposta na hora certa.
Aqui cada um puxou a carroça à sua maneira e o dinheiro desaparecia.
Desde o primeiro dia a casa facturou e bem.
A partir da altura que o capital faltou, cada um criou o seu próprio rumo. E…
Casa onde não há pão- todos ralham e ninguém tem razão, diz o povo que acrescenta “só quem está no convento é que sabe o que lá está dentro”.
Daí o problema que aqui, como na grande maioria dos restaurantes, só estão a servir nas mesas de um restaurante quem não conseguiu outro trabalho. Temporário ou definitivo, ninguém quer trabalhar, mesmo com comida na mesa e salário, embora modesto começa a crescer, dependente do desempenho e das gorjetas directamente relacionadas com o tal bom desempenho.
A maioria (jovens ou menos jovens) por cá e em todo o lado nem gosta nem desgosta. Mas nada sabe – nem como se serve, que copos utilizar, como atender o público, etc. Alguns nunca se sentaram a uma mesa de um bom restaurante para serem servidos e verificarem a diferença. E agora exige-se saber no mínimo inglês.
Na cozinha existem muitas profissões desde lavar loiça, até fazer doces, aperitivos, empratar e naturalmente cozinhar. Para todas as vagas ninguém aparece logo os salários aumentam naturalmente.
Na gerência, não é só ter dinheiro, é necessário comprar bem, combinar o menu do dia, fazer listas, facturar e administrar verbas, stocks, e criar equipa, etc. Merecer com mérito ser respeitado.
Para tudo é necessário boa vontade, gosto, mas também e sobretudo formação.
Ninguém nasce ensinado.
E escolas de hotelaria e turismo numa faixa grande como a Costa da Ericeira, com o pensamento no TURISMO não há.
A pergunta fica no ar- Como pode haver turismo de qualidade se não existe formação?
Video realizado na sua abertura com três Sócios.
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