Chegava o fim de semana, a temperatura prometia, a ambiente geral era de satisfação; estavam reunidas as condições para um grande fim de semana de encerramento da edição 2022 do Festival do Pão.
Na 6ª feira, mais uma banda local da qual se esperava, mais uma vez, os 4Revival em grande nível.
Esta banda de covers composta por Rute Azeiteiro (voz), Miguel João (guitarra), Gonçalo Marques (baixo) e César Medeiros (bateria) entram para arrasar e provar que a “produção local” está bem e recomenda-se. No alinhamento, a banda apresentou diversos temas conhecidos do público com ênfase em temas de linha rock dos anos 80.
Sábado foi a vez de Carlão. Quando me deslocava para o Jardim do Cerco, junto a um hotel local, Carlão assistia na rua à romaria na avenida principal de Mafra e por certo não imaginava o que se viria a passar no concerto, tal foi a “enchente” que esgotou a lotação do espaço obrigando a organização a colocar um ecrã gigante no exterior para não defraudar a expectativa das inúmeras pessoas que já não conseguiram aceder ao recinto.
Entre muitas críticas e apoios que se seguiram nas redes sociais, se me for permitido o direito de opinião, deixem-me louvar a capacidade de reação rápida da organização que se soube adaptar à “invasão” e evitar qualquer tipo de problema de segurança. De acordo com os números que vieram a público, estiveram neste concerto mais de 10.000 pessoas.
Quanto ao concerto de Carlão, foi em crescendo, com um ritmo inicial desde logo muito elevado e envolvente. Carlão partilhou com a plateia que não esperava tal receção e participação do público.
Existiu uma química e cumplicidade muito elevada entre a banda e o público que proporcionou um espetáculo de grande nível que deixou o público satisfeito e Carlão, por certo, também levou para casa, um dia para recordar.
A fasquia foi subindo ao longo do fim de semana e para os Quatro e Meia estava lançado o aviso, era preciso dar o máximo pois o nível em Mafra estava muito alto.
Esta banda portuguesa, natural de Coimbra, tem vindo a conquistar o público português com os seus sucessos musicais, nomeadamente “P’rá Frente É Que É Lisboa” ou “Olá Solidão”.
No Festival do Pão não foi diferente, entre outros temas entoados em uníssono pelos milhares de pessoas presentes no espaço, quando chegaram os grandes êxitos, a banda poderia ser dispensada de cantar pois o público faria por certo o papel de vocalista.
O Festival do Pão chegou ao fim e esta edição de 2022 pós pandemia vai por certo deixar saudades, foram dez dias de muito ritmo, festa, boa disposição, oferta cultural e gastronómica diversa com uma excelente organização.
Texto e fotografias de Carlos Sousa/ KPhoto
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