Decorreu este fim-de-semana a prova ericeirense do circuito nacional de surf. A prova começou no dia de Portugal com ótimas condições climatéricas e com uma moldura humana ávida de competição e boas manobras.
Durante os primeiros dois dias o mar garantiu sempre palco para grandes manobras e exibições de excelência. À mistura com os nomes consagrados, de notas o aparecimento de muita juventude que começa já a posicionar-se com grande qualidade para um futuro muito próximo.
Surfistas de norte a sul desfrutaram das grandes condições naturais, humanas e infraestruturais que a a Ericeira oferece as quem nos vista.
O lado menos positivo, porque a lei de Murphy existe, foi que no terceiro dia, o dia das grandes decisões, o mar não ajudou, dificultou a vida aos surfistas e não proporcionou as grandes manobras destes artistas do mar. No entanto, o engenho e a qualidade dos participantes conseguiram mesmo assim fazer espetáculo para que assistia na praia.
Exemplo disso foi a final masculina onde Frederico Morais foi garantido ao longo do heat o primeiro lugar na disputa com Halley Batista, e eis que na última onda o brasileiro lhe rouba o comando sem direito de resposta pois o tempo tinha esgotado.
Os dois surfistas aguardaram já na areia a saída da classificação das últimas notas e foi Halley que celebrou em clima de euforia a vitória na prova.
As meias-finais femininas tiveram um duelo muito duro, mas Kika Veselko superou Carolina Mendes e Teresa Bonvalot bateu Carina Duarte. Na reedição da primeira final da época, Bonvalot conseguiu rapidamente uma boa nota, podendo gerir a partir daí a pontuação e obter a sua segunda vitória do ano. Kika bem tentou responder mas o mar praticamente não lhe deu esse direito. Teresa Bonvalot foi uma justa vencedora pela regularidade, engenho e qualidade apresentadas no mar de Ribeira D’Ilhas.
Na prova masculina, nas meias-finais, Frederico Morais igualou a melhor onda do campeonato (9 pontos) afastando o jovem Mittermayer, de 17 anos, por 16-12,35. Halley Batista, mais experiente do que João Mendonça, obteve resultado semelhante: 16,50-9,25.
A final foi aquilo que já referimos e Halley declarou “Foi um triunfo incrível, nem pareceu realidade. O Kikas é a grande referência do surf nacional e só ao fazer a final com ele já estava feliz. Na última onda virei o resultado e nem sei se devo rir ou chorar”.
A grande festa do surf terminou com a entrega de prémios aos vencedores da prova principal e dos diversos challenges lançados pela organização.
Fotografias e texto de Carlos Sousa/ KPhoto
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