Geral Opinião

A guerra está para durar

Sejamos realistas, as guerras acabam, na maioria das vezes, com um acordo de paz, com raras exceções como foi o caso da II Guerra Mundial, em que acabou com a capitulação total da Alemanha e do Japão, após Nagasaki e Hiroshima.

No Teatro de Operações há pequenos ganhos territoriais em Donbass, por parte dos russos, que têm sido conseguidas com grandes perdas, tendo obrigado Putin a ter novamente de substituir o comandante do Teatro Operacional, principalmente devido às perdas em pessoal e material tidas em Izium.

Os ganhos territoriais russos ainda não foram substanciais, uma vez que ainda não conseguiram romper a primeira linha de Defesa Ucraniana, havendo ainda mais duas linhas defensivas, no entanto, poderá estar prestes o ponto de decisão para mudar para a segunda linha defensiva, para evitar o cerco das forças ucranianas em Sievierodonetsk, embora de acordo com notícias mais atualizadas os ucranianos nesta cidade, tenham realizado uma contraofensiva com algum sucesso, tendo mesmo conseguido voltar a controlar 50% da cidade.

A guerra acabará quando uma das partes não conseguir ter capacidade logística para a aguentar, ora a Rússia têm logística de produção e população capazes de a manter, quase indefinidamente, e as forças ucranianas embora não tenham problemas logísticos, enquanto tiverem o apoio Ocidental, poderão sim ter problemas de recrutamento de pessoal, visto que toda a sua população masculina ativa já se encontra mobilizada.

A guerra está para durar, infelizmente, pelo menos enquanto os dois contendores tiverem acesso a novos armamentos e recompletame tos, o que no caso Ucraniano significa que será enquanto o Ocidente quiser.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma