O Primeiro Ministro António Costa e a Ministra da Defesa Nacional Helena Carreiras, estão a efetuar um périplo pela Roménia, Polónia e Ucrânia, um périplo da moda, para serem vistos como grandes apoiantes da causa ucraniana, grandes paladinos da NATO e da UE, fica bem, no entanto na prática com o que participamos nesta guerra, além da solidariedade política, com muito pouco mais contribuímos.
Para a Roménia, vendemos uma esquadra de F16 que nunca desempacotámos e, que estava em depósito, por não termos dinheiro para manter duas esquadras simultaneamente em funcionamento, (recordo que os F16 são um bom avião, mas tal como os carros senão for atualizada a sua tecnologia, ficam obsoletos, um espécie do VW golf de 1980 ou um atual, que para além do nome não têm mais nada em comum), e enviámos uma companhia motorizada blindada, equipada com viaturas Pandur, para reforçar o flanco Leste da Aliança. Longe vai o tempo em que o nosso encargo operacional com a NATO era o de uma brigada de cerca de 5000 homens , para defender a região de Bari, em Itália.
Enviar uma companhia para a NATO é completamente inexpressivo, conta muito pouco no esforço da aliança, semelhante aos miseráveis 0,8% do PIB com gastos para a defesa constantes mo orçamento do corrente ano, quando nos comprometemos com 2%,, ou seja o nosso contributo para a aliança de que nos orgulhamos tanto de pertencer é miserável.
Em termos de apoio à Ucrânia, a nossa contribuição também está ao nível do mínimo dos mínimos, quer no apoio à reconstrução onde ontem oferecemos uma miséria de cerca de 0,02% do PIB, quer em termos de cedência de material de guerra em que aproveitamos para nos livrar do material de guerra obsoleto.
Com este apoio eu teria vergonha de me ir pavonear para Kiev, mas parece que os nossos governantes não têm.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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