Sabia que as zonas costeiras estão em risco de ficar abaixo do nível do mar? Sabia que cerca de 1 milhão de espécies de animais e plantas estão ameaçadas de extinção? Que em 170 anos, a Terra testemunhou alterações equivalentes a 20.000 anos e que a poluição do ar mata mais de 7 milhões de pessoas por ano? Celebra-se hoje, 22 de abril, o Dia Mundial da Terra e decidimos trazer-lhe factos assustadores sobre o estado do nosso planeta.
Em 2022, o tema desta celebração é “Invista no nosso planeta”.
A data foi criada em 1970 pelo senador norte-americano Gaylord Nelson. Depois de verificar as consequências do desastre petrolífero ocorrido em 1969 em Santa Barbara, na Califórnia, o senador resolveu realizar um protesto contra a poluição da Terra.
Inspirado pelos protestos dos jovens norte-americanos que contestavam a guerra, Gaylord Nelson, desenvolveu esforços para conseguir colocar o tema da preservação da Terra na agenda política norte-americana.
A população aderiu em força à manifestação e mais de 20 milhões de americanos manifestaram-se a favor da preservação da terra e do ambiente.
A partir deste acontecimento popular, decidiu-se que o Dia da Terra seria sempre assinalado a 22 de abril. O Dia da Terra pretende alertar a população de todo o mundo para a proteção e uma utilização moderada dos recursos naturais.
O objetivo principal é alertar todos os habitantes do planeta Terra para a importância e a necessidade da conservação dos recursos naturais do mundo. O Dia da Terra é celebrado em mais de 190 países, com a participação de muitos milhões de pessoas.
Factos assustadores que devia saber…
- Todos os dias, cada português produz em média 1,4 quilos de lixo. Um valor apurado pelo INE em 2021, que corresponde, ao final de um ano, a cerca de 513 quilos de lixo por pessoa. Mais de meia tonelada, cerca de 25 por cento, é lixo orgânico. A produção de lixo no mundo deve subir de 1,3 bilhão de toneladas para 2,2 bilhões de toneladas até 2025.
- 1,3 bilhão de toneladas de comida são desperdiçadas diariamente, segundo a ONU.
- Em 170 anos, a Terra testemunhou alterações equivalentes a 20.000 anos.
- A Antártida está a perder 151 mil milhões de toneladas de gelo por ano, quase o equivalente em peso à rocha que forma o Monte Evereste, de acordo com dados do satélite Grace Follow-On da NASA.
- As alterações climáticas estão a acelerar a propagação de doenças infeciosas, como a dengue e a malária, criando condições em mais regiões onde as infeções podem prosperar.
- Segundo o World Resources Institute (WRI), o mundo perdeu 4,2 milhões de hectares de florestas tropicais primárias em 2020, um aumento de 12% frente a 2019. E o Brasil foi responsável por 1,7 milhão de hectares perdidos.
- Dentro de 100 anos, se mantivermos o ritmo atual de desflorestação, as florestas tropicais podem desaparecer por completo.
- Mesmo com as restrições da pandemia de Covid-19, que segundo a Nasa contribuíram para uma redução de 20% nas emissões de dióxido de nitrogênio, os níveis de partículas finas de poluição (PM2.5) excederam as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Quatro em cada cinco nações do planeta registraram mais poluição do que o recomendado.
- Uma pesquisa da ONG Greenpeace apontou que, a poluição do ar mata mais de 7 milhões de pessoas por ano.
- Dentro de 70 anos, os lares de 200 milhões de pessoas estarão abaixo do nível do mar. Até ao final deste século, se os níveis do mar continuarem a subir, 200 milhões de pessoas pelo mundo inteiro – mais de três vezes a população do Reino Unido – irão viver abaixo da linha de maré, de acordo com a Nature Communications.
- Segundo o relatório Climate Science Special Report (CSSR), do governo dos EUA, o nível do mar aumentou em até 20 centímetros desde 1900. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (IPCC) prevê um crescimento dos oceanos entre 20 e 30 centímetros até 2050 e de 43 a 50 centímetros até 2100, caso a temperatura global se mantenha dentro da meta do Acordo de Paris, o que põe em risco a geografia costeira.
- Segundo relatório da Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistema (IPBES), da ONU, 1 milhão de espécies de animais e plantas estão ameaçadas de extinção por fatores como: perda de habitat natural, exploração das fontes naturais, poluição e espécies invasoras.
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