As eleições autárquicas estão à porta e é necessário mobilizar-nos para elas, pois ir votar é um direito cívico que temos e que tanto custou a conquistar. Não há democracia sem voto, ou seja, sem a sua e a minha escolha.
O alheamento e a não comparência nestas eleições autárquicas, que se avizinham, terão consequências muito maiores para as nossas vidas, do que no passado recente, uma vez que o corrente Governo, com a sua política de descentralização, transferiu várias das suas competências para as autarquias locais.
As autarquias locais e as suas governações e governanças, pela sua mais reduzida dimensão, são mais facilmente escrutináveis pelo povo, que mais facilmente também é capaz de interagir com os que elege, quase diariamente, o que aproxima mais, muito mais, os eleitos dos seus eleitores, que lhes pedem e exigem mais e mais eficientes e eficazes respostas, aos problemas diários que interferem diretamente com as suas vidas. Não sendo uma forma de democracia direta, o poder autárquico é o que mais dela se aproxima.
Por tudo o que elenquei exorto a que não se abstenham de ir votar nas próximas eleições autárquicas, pois depois virem-se queixar nas redes sociais nada resolve, o que efetivamente pode resolver os nossos problemas é o voto, a essência dos regimes democráticos.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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