Jorge Raminhos nasceu há 18 anos na Amadora, mais propriamente a 20 de Julho de 2002. Vive na Ericeira desde sempre , onde frequentou a Escola EB1 JI da Ericeira. No Secundário terminou o curso de Artes Visuais na Escola Secundária José Saramago em Mafra. Jorge Raminhos é um jovem talentoso ainda a dar os primeiros passos numa carreira que se vislumbra bastante auspiciosa.
Como e quando surgiu o chamamento para a pintura?
Desde pequeno que sempre gostei de inventar e criar coisas novas, sempre senti uma grande vocação para o lado criativo. Não só pintura, como desenho e cinema, foram áreas que sempre estiveram bem presentes e demonstrei particular interesse.
Como foram os primeiros passos?
Já no ensino primário sempre gostei das disciplinas mais práticas que permitiam haver liberdade na nossa criatividade, passando para o ensino básico já comecei a entender melhor situações e técnicas diferentes e comecei aos poucos a “caminhar” sobre o assunto.
Frequentaste as belas artes ou faculdade equiparada?
De momento estou no primeiro ano de faculdade e estou a seguir um curso mais distante das artes plásticas. Tal como disse um dos meus grandes interesses é o Cinema, por isso, optei por seguir um curso que me dê uma vertente mais digital no curso de Audiovisuais e Multimédia na Escola Superior de Comunicação Social (ESCS). Mesmo não tendo seguido a vertente das artes plásticas vou sempre manter comigo toda a criatividade que evolui com os anos.
Qual o estilo com que mais te identificas e mais gostas de pintar?
Diria que não consigo classificar apenas um estilo artístico que mais gosto ou que mais me identifico uma vez que sou grande fã das vanguardas modernas. Neste período a arte vinha sempre carregada com uma grande e forte mensagem, longe do “banal” e da arte que não obriga a pensar.
Em tempos de pandemia e com a arte em geral a passar por momentos muito apertados, consegues viver só da pintura ou a exemplo de outros artistas tens que ter outro meio de subsistência?
Desde sempre, o fator da cultura nem sempre recebeu o melhor conforto e o destaque que merece certas vezes no nosso país e na minha opinião a pandemia apenas veio destapar um problema que estava coberto. Vivemos num país em que viver das artes quase parece uma utopia uma vez que é um setor visto sem ser acreditado. Todo o tipo de arte merece o seu mérito desde Teatro a Cinema, Pintura a Escultura e todos os artistas que não têm medo de tentar merecem o reconhecimento que trabalharam por. Não é fácil viver do que gostamos de fazer quando e existe este tipo de mentalidade e isto leva a ter que arranjar outros métodos e meios de subsistência.
Algum facto ou história engraçada que queiras contar?
No verão de 2020, já durante a pandemia, fui convidado com a minha colega Leonor Faria pela escola EB1 J1 da Ericeira, onde ambos andámos, a preencher uma parede com algo criado por nós. Foi a primeira vez que tive contacto com desenhar nas paredes e foi uma experiência incrível. Começámos em grande logo com uma parede de 7m e tanto, mas só o saber que ao desenharmos para crianças poderíamos ter uma certa influência positiva para que pudessem começar a ter um gosto pelas artes, que tornou o trabalho tão mais fácil e realmente uma experiência que deixou saudades.
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