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2022: Aumento da Fiscalização revela diminuição dos infratores por condução sob a influência de álcool

A ANSR divulga hoje o Relatório 2022 – Condução sob a Influência de Álcool, cuja análise estatística do fenómeno da condução sob influência do álcool é realizada em duas perspetivas utilizando as diferentes séries temporais: fiscalização (2013 a 2022) e sinistralidade rodoviária (2016 a 2022).

Neste relatório, que reúne informação proveniente de várias fontes, destacam-se, entre outros, os seguintes dados:

  • O número de testes realizados no âmbito da fiscalização para deteção do estado de condução sob influência de álcool aumentou progressivamente entre 2013 e 2022, com exceção de 2020 e 2021, consequência, em grande medida, da redução da circulação rodoviária resultante dos confinamentos decretados em contexto de pandemia. Em 2022, foram fiscalizados 2,0 milhões de condutores, um número superior em 25,9% aos efetuados em 2013 (1,6 milhões);
  • Entre 2013 e 2022, o número de infratores com Taxa de Álcool no Sangue (TAS) até 1,19g/l diminuiu 48,4% (de 28.582 para 14.756) e o número de infratores com TAS≥1,20g/l baixou 15,4% (de 25.011 para 21.162);
  • A taxa de infratores total com TAS≥0,50g/l (nº de infratores/nº de testes efetuados) diminuiu de 3,35% em 2013 para 1,80% (menos 46,3%) em 2022;
  • A taxa de infratores com TAS até 1,19g/l (nº de infratores/nº de testes efetuados) diminuiu de 1,78% em 2013 para 1,06% em 2022 (menos 40,4%);
  • A taxa de infratores com TAS≥1,20g/l (nº de infratores/nº de testes efetuados) baixou de 1,56% em 2013 para 0,73% em 2022, (menos 53,3%);
  •  Excluindo os testes efetuados a peões, 95,2% do total de condutores submetidos ao teste de ar expirado (1,8 milhões) e 93,6% dos condutores infratores (32.647), em 2022, circulavam em veículos ligeiros;
  • Em 2022, a taxa de infração foi mais elevada entre os jovens dos 16 aos 20 anos (2,3%);
  • Em 2022, os condutores vítimas mortais autopsiados pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) com uma TAS≥0,50g/l (92) representaram 40,2% do total dos condutores autopsiados (229), sendo que mais de metade (66) apresentavam TAS≥1,20g/l, representando 28,8% do total;
  • A totalidade dos peões vítimas mortais autopsiados pelo INMLCF em 2022, com taxa superior à legalmente permitida, apresentava uma TAS≥1,20g/l;
  • Em termos de sinistralidade rodoviária, os sinistros em que pelo menos um dos condutores intervenientes apresentava uma TAS≥0,50g/l (2.904 em 2022), têm consequências mais graves do que as consequências dos sinistros que envolvem condutores com TAS<0,50g/l.
  • Entre 2016 e 2022, embora a média dos sinistros envolvendo condutores sob o efeito de álcool represente 7,2% da sinistralidade geral, estes acidentes estão na origem de 21,6% do total de vítimas mortais e de 18,3% do total de feridos graves, o que evidencia a sua maior gravidade;
  • Em 2022, os condutores foram as principais vítimas dos sinistros relacionados com o álcool (73,4% das vítimas mortais, 72,9% dos feridos graves e 57,3% dos feridos leves);
  • Apesar da maioria dos condutores vítimas com TAS≥0,50g/l se deslocar em veículo ligeiro (60,4% em 2022), mais de metade dos condutores vítimas mortais (50,9%) deslocava-se em veículo de 2 rodas a motor (ciclomotor ou motociclo).